Adriano Cottica reassume cargo de vereador em Marechal Rondon
A sessão de ontem (27) da Câmara de Marechal Cândido Rondon foi marcada pelo retorno de Adriano Cottica ao Poder Legislativo. Ele estava licenciado do cargo de vereador desde o início de 2013. Com exceção de um breve período entre o final do ano passado e início de 2015, quando retornou à Câmara, durante os últimos dois anos Adriano atuou como secretário municipal de Viação e Serviços Públicos. Com o retorno do titular da cadeira ao Poder Legislativo, Cleiton Freitag (Gordinho do Suco) volta para a suplência.
Adriano Cottica fez uso da tribuna e disse estar satisfeito de retornar ao Poder Legislativo. Mas o principal tema de seu pronunciamento foi a operação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Marechal Cândido Rondon, no dia 26 de março, a qual teve como um dos focos de ação a secretaria que ele comandava. Durante o uso da palavra, o vereador se mostrou bastante tranquilo.
Ele revelou que há cerca de 10 dias esteve no Ministério Público em Cascavel, onde prestou depoimento, quando só então teve maior conhecimento sobre quais os motivos da investigação. “De certa forma ficamos surpresos e tranquilos com as perguntas da promotora, porque questionou coisas do dia a dia da Viação e Serviços Públicos, que envolvem leis de incentivo, como a concessão de incentivos para produtores rurais e algumas empresas, por meio da Secretaria de Indústria e Comércio. Fui para Cascavel com a consciência tranquila, respondendo todas as perguntas. O processo está andando e tenho certeza de que da minha pessoa não terá nada, pois somos pessoas de bem”, afirmou.
Adriano Cottica falou sobre a sua forma de atuação como secretário de Viação e Serviços Públicos: “eu recebia entre 60 e 100 ligações por dia e praticamente todas eram de algum pedido. Existe falha no procedimento? Até existe, mas porque abrimos as portas para atender a população. Senão, do jeito que quisessem que fosse feito, o produtor teria que ir até a prefeitura e protocolar o pedido, enfim, toda aquela burocracia. As pessoas ligam para o secretário, diretor, vereador, mas é assim que funciona no município”.
Na avaliação dele, após a operação do Gaeco o atendimento aos pedidos da população junto à Secretaria de Viação e Serviços Público ficou comprometido. “Os produtores rurais procuram a Secretaria e hoje não sabemos se podem fazer um serviço ou não. Quem vai sair prejudicado? O produtor rural. Infelizmente vai ser assim”, declarou.
O vereador também falou sobre a forma como foi conduzida a ação investigativa. Na opinião dele, “quiseram jogar o meu nome e da minha família no lixo. Vejo que fizeram uma tremenda lambança. Quero deixar gravado meu voto de repúdio pelo jeito que foi feita (a ação). Fizeram uma coisa tentando nos denegrir para a grande maioria da população e voltamos para a Câmara justamente para fazer o trabalho contrário. Fiquei na Secretaria esse período para estar à disposição do Ministério Público, mas hoje precisava me pronunciar”.
No entendimento de Adriano Cottica, a situação vivida por ele teria motivações políticas, visando à eleição municipal de 2016. “Resumindo, a conversa é essa: a eleição começou”, disse. Sobre as acusações e comentários que circularam nas redes sociais após a operação, o vereador adiantou que irá tomar providências. “O estrago foi feito e as pessoas que fizeram o estrago de forma errada vão pagar. Não se joga o nome de uma pessoa no lixo, não se machuca uma família por nada e de graça. O que eu e minha família passamos não desejo a ninguém. Não temos nada a esconder. Se tiver que ser condenado por atender a população, vou ser condenado de cabeça erguida, pois estamos trabalhando pelo povo de Marechal Rondon”, finalizou.