Arca de Noé já possibilitou adoção de 3,7 mil cães e gatos em Marechal Rondon
Após quase 13 anos desde sua fundação, o Grupo de Amparo e Proteção Animal (Gapa), mais conhecido pela população como ONG Arca de Noé, já encontrou um novo lar para 3.780 cães e gatos, adotados por famílias de Marechal Cândido Rondon e região.
A informação foi apresentada pela presidente da entidade, Suely Hey, durante participação na sessão do Poder Legislativo Municipal na última quinta-feira (07). O espaço da Tribuna Popular foi utilizado para prestar contas e apresentar aos vereadores e à população um painel sobre a situação atual da ONG.
Além das adoções, a Arca de Noé já retirou das ruas 4.730 animais e castrou 4.530 cães e gatos. Estas iniciativas são consideradas importantes para o controle de zoonoses e para evitar uma superpopulação de animais sem lar definido.
Atualmente, a entidade conta com um canil, onde estão abrigados em torno de 240 animais. Eles consomem aproximadamente 1.200 quilos de ração mensalmente. Construído em área repassada pelo Município, cerca de R$ 600 mil em recursos próprios da Arca de Noé foram investidos na estrutura do local até agora.
Uma das mais novas conquistas daquele abrigo é o Centro de Esterilização e Proteção Animal, que está em fase de aprovação do Conselho Regional de Medicina Veterinária. Este Centro será utilizado para castração e atendimentos básicos de animais de rua ou pertencentes a famílias carentes. Também é intenção da ONG que o espaço seja utilizado para estágios e projetos em parceria com universidades.
O abrigo – que recebe a visitação de alunos de escolas que são ensinados a respeitar, amar e não maltratar os animais – fica aberto à visitação de segunda a sexta-feira, das 16h às 17h30.
Modelo
Em seu pronunciamento, a presidente informou que a estrutura da Arca de Noé tem servido de modelo para municípios da região. Suely cita que muitas cidades querem instalar um serviço semelhante ou criar ONGs com a mesma finalidade, e que para tanto se espelham no trabalho realizado em Marechal Cândido Rondon.
Contudo, ela enfatiza que mesmo com avanços significativos obtidos, as dificuldades são muitas. Em especial, a falta de dinheiro e de voluntários.
Além da doação financeira da comunidade, a Arca de Noé recebe mensalmente R$ 10 mil da Prefeitura. “Não é suficiente, mas ajuda muito”, afirma a presidente. Este dinheiro público é destinado ao pagamento dos gastos com castrações e na recuperação de animais vítimas de acidentes.
Abandono e maus-tratos
Suely explicou que dois dos maiores problemas em relação aos pequenos animais são o abandono e os maus-tratos.
Nesse sentido, ela parabenizou a Câmara de Vereadores, que por iniciativa do vereador Arion Nasihgil aprovou projeto que se transformou em lei municipal. A matéria estabeleceu sanções e penalidades administrativas para pessoas físicas e jurídicas que praticarem maus-tratos contra animais, especialmente domésticos e da fauna local.
A partir da entrada em vigor da lei, a Prefeitura já teria atendido a cerca de 100 denúncias de maus-tratos e três multas foram aplicadas. Os recursos arrecadados mediante esta punição, conforme prevê a lei, podem ser encaminhados à Arca de Noé.
Como forma de melhorar ainda mais a estrutura, o vereador presidente Claudio Kohler (Claudinho) solicitou à ONG que encaminhe ao Poder Legislativo relação de equipamentos necessários para aperfeiçoar o desempenho das atividades da Arca de Noé. A Câmara de Vereadores vai solicitar à Prefeitura que adquira os mesmos e os repasse em comodato à entidade.