Câmara de Marechal Rondon julga hoje cassação do vereador Adelar
O Poder Legislativo de Marechal Cândido Rondon realiza nesta quarta-feira (31), a partir das 18 horas, a sessão extraordinária de julgamento do processo disciplinar que envolve o vereador Adelar Neumann, do DEM.
Ele é acusado de exigir parte de salário de funcionário comissionado da Prefeitura, que teria sido indicado por ele ao cargo. Adelar poderá perder o mandato de vereador.
O vereador chegou a ser preso em 04 de fevereiro deste ano, durante operação decorrente de investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco - Núcleo de Foz do Iguaçu), em conjunto com a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Marechal Cândido Rondon.
Segundo as autoridades, a prisão teria ocorrido logo após o vereador receber parte do salário do funcionário.
Adelar, que nega a acusação e afirma que o dinheiro era parte do pagamento de um empréstimo, foi solto em 25 de março para responder ao processo em liberdade e reassumir o cargo na Casa de Leis.
Na Câmara, o processo disciplinar na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar foi conduzido pela comissão formada por Josoé Pedralli, presidente; Adriano Cottica, relator; e Portinho, membro. No relatório final sobre o caso, o vereador Adriano Cottica dá parecer favorável à cassação do mandato de Adelar.
Conforme o Regimento Interno do Poder Legislativo e por determinação da Justiça, para que a cassação ocorra são necessários nove votos favoráveis dos 13 vereadores que compõem a Câmara. Adelar também tem direito a voto, na votação que será secreta.
Na defesa do vereador acusado atua o advogado cascavelense Luciano Katarinhuk.
A sessão que determinará o futuro do mandato de Adelar não terá a presença do vereador Vanderlei Sauer. Ele se declarou impedido de votar, uma vez que foi o autor de uma das representações no Poder Legislativo, solicitando a investigação contra o acusado.
Exclusivamente para a votação no lugar de Sauer, a Câmara de Vereadores convocou o suplente André Soffa, do DEM, que também poderá ser convocado para assumir como vereador, caso Adelar seja cassado.