Centro Regional de Direitos Humanos conta com representação em Marechal Rondon
O secretário de comunicação do Centro Regional de Direitos Humanos, Luciano Palagano, utilizou ontem (03) o expediente da Tribuna Popular da Câmara de Marechal Cândido Rondon para explanar aos vereadores e à comunidade os objetivos da entidade que, embora sediada em Cascavel, conta também com representantes no município rondonens, em Guaíra e Toledo.
Segundo Palagano, a entidade foi criada em 29 de abril deste ano, exatamente um ano após o que tem sido considerado um massacre de professores durante protesto em Curitiba contra reformas propostas pelo governo estadual. “A escolha da data de criação da entidade foi um gesto simbólico que diz que não esqueceremos e lutaremos para que aquilo nunca se repita em lugar nenhum”, explicou o secretário.
O secretário explica que em Cascavel a ênfase da atuação tem sido sobre os imigrantes, principalmente os haitianos: “lá o Centro está colaborando para a difusão da cultura haitiana para que haja maior integração entre os brasileiros e estes estrangeiros”. Já em Marechal Cândido Rondon, Palagano diz que foi iniciado um levantamento de dados para identificar casos em que os direitos humanos não têm sido respeitados. “Infelizmente, não existem dados organizados”, lamenta.
Para auxiliar neste trabalho, o Centro Regional de Direitos Humanos está em discussão com o Departamento Jurídico do curso de Direito da Unioeste – que presta atendimento à comunidade, em especial às pessoas mais carentes. A intenção é firmar parceria que permita identificar as violações aos direitos humanos não somente no município rondonense, mas também em toda a Comarca.
Para que as ações da entidade possam ser desenvolvidas de forma mais ampla, durante o pronunciamento na tribuna da Câmara Palagano pediu o apoio da comunidade em geral e, especialmente, dos poderes Executivo e Legislativo, para que atuem em conjunto com o Centro. De acordo com ele, “o desrespeito aos direitos de qualquer pessoa é um desrespeito aos direitos humanos de todos, independentemente da posição político-ideológica, da fé religiosa e da condição financeira”.