Chapa da Acamop defende proposta de prorrogação dos atuais mandatos de vereadores

por Cristiano Marlon Viteck publicado 03/03/2015 12h20, última modificação 03/03/2015 17h24
Projeto no Congresso prevê que prefeitos e vereadores eleitos em 2016 tenham um mandato de apenas dois anos
Chapa da Acamop defende proposta de prorrogação dos atuais mandatos de vereadores

Reunião ontem na Câmara de Marechal Rondon

No próximo dia 28, a Associação de Câmaras e Vereadores do Oeste do Paraná (Acamop) vai eleger sua nova diretoria e a previsão é de que não ocorra bate-chapa. A entidade representa cerca de 600 vereadores de 52 municípios da região e atualmente é presidida por Amauri Ladwig, de Nova Santa Rosa.

Ontem (02), os candidatos a presidente e vice da Acamop – Romulo Quintino, de Cascavel, e Paulo Cesar Queiroz (Coquinho), de Foz do Iguaçu – reuniram-se com os nove vereadores de Marechal Cândido Rondon. Eles apresentaram suas apostas, pediram apoio à candidatura e convidaram um dos representantes rondonenses para se somar à chapa como candidato a primeiro secretário, sendo que o vereador Josoé Pedralli se colocou à disposição.

Entre as bandeiras que Romulo Quintino pretende defender como presidente da Acamop está a prorrogação por dois anos dos atuais mandatos de vereadores e prefeitos de todo o país, dentro da discussão da reforma política que o Brasil deverá passar ao longo de 2015. Conforme explicou o candidato, existe um projeto no Congresso para que os prefeitos e vereadores eleitos em 2016 tenham um mandato-tampão de apenas dois anos. Assim, seria feito um novo pleito em 2018, coincidindo então com as eleições gerais para todos os cargos, nas esferas nacional, estadual e municipal.

Mobilização que está realizada pela União dos Vereadores do Brasil, e que a Acamop pretende apoiar, é contra essa proposta. Conforme Romulo Quintino, o ideal seria a prorrogação dos atuais mandos de prefeitos e vereadores até 2018. “Precisamos ter uma manifestação muito forte. Temos que convir que uma eleição para dois seria terrível para os prefeitos, vereadores e a população em geral”, afirma.

O assunto deverá ser debatido em Brasília, entre os dias 22 e 24 de abril, durante o 11º Encontro Nacional de Legislativos Municipais, promovido pela UVB.

O vereador Coquinho, candidato a vice-presidente da Acamop, argumenta que, com a prorrogação dos atuais mandatos e a realização de eleições unificadas somente em 2018, estima-se que a economia para o país poderá chegar a R$ 35 bilhões. Na opinião dele, “esta é uma despesa desnecessária para o momento que o Brasil vem vivendo e a sociedade vai entender”.

O presidente da Câmara de Marechal Cândido Rondon, João Marcos Gomes, após ouvir as exposições dos candidatos e também dos demais vereadores rondonenses, se mostrou preocupado com a possibilidade de haver uma eleição para mandato-tampão em 2016. “Pelo custo, pelo trabalho e pela dor de cabeça de uma eleição, apenas dois anos de mandato é inviável. Um prefeito eleito para dois anos não consegue fazer absolutamente nada e vereador também. É importante discutirmos essa questão”, finaliza.