Chapa da Acamop defende proposta de prorrogação dos atuais mandatos de vereadores
No próximo dia 28, a Associação de Câmaras e Vereadores do Oeste do Paraná (Acamop) vai eleger sua nova diretoria e a previsão é de que não ocorra bate-chapa. A entidade representa cerca de 600 vereadores de 52 municípios da região e atualmente é presidida por Amauri Ladwig, de Nova Santa Rosa.
Ontem (02), os candidatos a presidente e vice da Acamop – Romulo Quintino, de Cascavel, e Paulo Cesar Queiroz (Coquinho), de Foz do Iguaçu – reuniram-se com os nove vereadores de Marechal Cândido Rondon. Eles apresentaram suas apostas, pediram apoio à candidatura e convidaram um dos representantes rondonenses para se somar à chapa como candidato a primeiro secretário, sendo que o vereador Josoé Pedralli se colocou à disposição.
Entre as bandeiras que Romulo Quintino pretende defender como presidente da Acamop está a prorrogação por dois anos dos atuais mandatos de vereadores e prefeitos de todo o país, dentro da discussão da reforma política que o Brasil deverá passar ao longo de 2015. Conforme explicou o candidato, existe um projeto no Congresso para que os prefeitos e vereadores eleitos em 2016 tenham um mandato-tampão de apenas dois anos. Assim, seria feito um novo pleito em 2018, coincidindo então com as eleições gerais para todos os cargos, nas esferas nacional, estadual e municipal.
Mobilização que está realizada pela União dos Vereadores do Brasil, e que a Acamop pretende apoiar, é contra essa proposta. Conforme Romulo Quintino, o ideal seria a prorrogação dos atuais mandos de prefeitos e vereadores até 2018. “Precisamos ter uma manifestação muito forte. Temos que convir que uma eleição para dois seria terrível para os prefeitos, vereadores e a população em geral”, afirma.
O assunto deverá ser debatido em Brasília, entre os dias 22 e 24 de abril, durante o 11º Encontro Nacional de Legislativos Municipais, promovido pela UVB.
O vereador Coquinho, candidato a vice-presidente da Acamop, argumenta que, com a prorrogação dos atuais mandatos e a realização de eleições unificadas somente em 2018, estima-se que a economia para o país poderá chegar a R$ 35 bilhões. Na opinião dele, “esta é uma despesa desnecessária para o momento que o Brasil vem vivendo e a sociedade vai entender”.
O presidente da Câmara de Marechal Cândido Rondon, João Marcos Gomes, após ouvir as exposições dos candidatos e também dos demais vereadores rondonenses, se mostrou preocupado com a possibilidade de haver uma eleição para mandato-tampão em 2016. “Pelo custo, pelo trabalho e pela dor de cabeça de uma eleição, apenas dois anos de mandato é inviável. Um prefeito eleito para dois anos não consegue fazer absolutamente nada e vereador também. É importante discutirmos essa questão”, finaliza.