Defesa de Adelar solicita depoimento do prefeito no Conselho de Ética

por Cristiano Marlon Viteck publicado 25/06/2019 15h25, última modificação 25/06/2019 15h26
Nove testemunhas foram ouvidas nesta terça-feira (25)
Defesa de Adelar solicita depoimento do prefeito no Conselho de Ética

Oitivas do caso Adelar Neumann

 

Na manhã de hoje (25), a comissão processante do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Marechal Cândido Rondon realizou as oitivas de nove testemunhas arroladas no caso Adelar Neumann. O vereador responde a processo disciplinar sob a acusação de exigir parte de salário de funcionário comissionado da Prefeitura, que teria sido indicado por ele ao cargo.

Entre aqueles que prestaram depoimento nesta terça-feira estavam Juliano Bortolon, diretor executivo da Secretaria de Gabinete da Prefeitura, e Walmor Mergener, ex-secretário municipal de Governo. O funcionário que estaria repassando parte do salário e que fez a denúncia no Ministério Público contra Adelar também foi ouvido.

Ainda havia a expectativa de que o vereador acusado prestasse depoimento. Contudo, isto somente será feito após a comissão ouvir depoimento do prefeito Marcio rauber, que foi citado por alguns depoentes.

Conforme o advogado Luciano Katarinhuk, que atua na defesa de Adelar, é imprescindível a realização da instrução com o chefe do Poder Executivo Municipal para melhor esclarecimento dos fatos.

Segundo o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, vereador Josoé Pedralli, de acordo com as disposições legais a decisão da data e local em que a oitiva será realizada caberá ao prefeito.

A comissão processante ainda é formada pelos vereadores Adriano Cottica e Portinho, relator e membro.

Além do processo disciplinar no Poder Legislativo que pode levar à cassação de Adelar, o vereador responde ação na Justiça.

Ele foi preso em 04 de fevereiro durante operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco - Núcleo de Foz do Iguaçu), em conjunto com a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Marechal Cândido Rondon. Segundo as autoridades, a prisão teria ocorrido logo após Adelar ter recebido parte do salário do funcionário.

O vereador, que nega a acusação, foi solto em 25 de março para responder ao processo em liberdade e reassumir o cargo na Casa de Leis.

O caso envolvendo Adelar também motivou a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara de vereadores: a CPI dos Comissionados. O objetivo é apurar a possível compra de apoio político do prefeito, por meio da nomeação de servidores municipais indicados por vereadores.