Durante reunião dos Lindeiros, diretor da Itaipu garante royalties aos municípios
Aconteceu ontem (25), em Santa Helena, reunião convocada pelo presidente do Conselho dos Municípios Lindeiros, Evandro Grade (Zado), prefeito do município anfitrião. Participaram prefeitos, vereadores e representantes das associações comerciais da região lindeira ao Lago de Itaipu, além do próprio diretor geral da Binacional, Enio Verri, e o diretor de Coordenação, Carlos Carboni.
O vereador rondonense Cristiano Metzner (o Suko), atual tesoureiro do Conselho dos Municípios Lindeiros, participou também. Ele explicou que o objetivo da reunião foi aproximar as lideranças dos municípios alagados e a recém-empossada direção da Itaipu Binacional para que haja um novo alinhamento.
“Isso é importante para apresentar as pautas relativas aquilo que os municípios desejam, bem como para conhecer as intenções da própria Itaipu sobre os cuidados e manutenção do lago da hidrelétrica, em especial questões ambientas como ações para evitar o assoreamento”, acrescentou o vereador e tesoureiro do Conselho.
Royalties
Os royalties pagos aos municípios também foram destacados.
Em seu discurso, Enio Verri esclareceu que o tratado original assinado pelo Brasil e Paraguai, em 1973, venceu este ano e um novo acordo será negociado entre as altas autoridades dos dois países a partir do próximo dia 13 de agosto.
Isso inclui o “Anexo C”, que trata diretamente sobre a gestão financeira da Itaipu, incluindo o pagamento dos royalties.
Uma vez definida a proposta bilateral para o novo tratado, ele, então, ainda precisará passar pela aprovação dos Congressos brasileiro e paraguaio.
Segundo Enio Verri, esta deverá ser uma negociação com prazo estendido. Contudo, ele reafirmou que, enquanto isso, o pagamento dos royalties aos municípios lindeiros continuará, nos mesmo moldes do tratado original, o que agradou as lideranças presentes à reunião em Santa Helena.
“O direito que os municípios lindeiros tem não irá acabar”, confirmou o diretor brasileiro da Itaipu.
Atenção
Agora, conforme relata o vereador e tesoureiro Cristiano Metzner (Suko), a atenção do Conselho se volta para as futuras negociações entre Brasil e Paraguai.
Com a garantia da continuidade do pagamento da indenização pelas áreas alagadas, o objetivo agora passa a ser assegurar, no mínimo, a continuidade das mesmas condições atuais para o recebimento dos royalties. Ou seja, que não haja a redução nos valores recebidos.
“É aí onde todos nós temos que ficar atentos como lideranças locais desde já, para que as distribuições dos royalties permaneçam integralmente em nossa região, cujas terras produtivas foram afetadas, sem contar o grande potencial turístico perdido com o fim das Sete Quedas, em Guaíra. Seguramente, hoje, esta seria uma das grandes maravilhas do mundo, potencializando toda a região lindeira como um grande corredor turístico de Guaíra a Foz do Iguaçu”, finaliza Suko.