Março poderá ser mês de prevenção contra câncer colorretal em Marechal Rondon
O projeto de lei 08/2021, que passou a tramitar esta semana no Poder Legislativo de Marechal Cândido Rondon, prevê a criação de Campanha de Prevenção ao Câncer Colorretal no âmbito municipal. Conforme o vereador Rafael Heinrich, autor da proposta, as ações de conscientização e prevenção seriam realizadas durante o “Março Azul-Marinho”, promovidas pela administração municipal, em parceria com a sociedade civil.
O câncer colorretal, que atinge o intestino grosso ou o reto, é um dos mais frequentes no mundo. No Brasil, em 2020, a estimativa foi de 16,8 casos novos por 100 mil homens e 17,9 por 100 mil mulheres. É segundo tipo de câncer mais frequente em homens e mulheres, quando excluídos o câncer de pele.
Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O diagnóstico precoce é fundamental para ampliar a sobrevida dos pacientes, chegando a 90% quando a doença se encontra restrita à parede intestinal; 68% quando ocorre com doença linfonodal; e apenas 10% quando ocorre o comprometimento de outros órgãos.
O que preocupa é que 85% dos casos são diagnosticados na fase avançada da doença, provocando maiores custos com procedimentos diagnósticos e terapêuticos, além de ter um pior prognóstico.
Por isso a importância da campanha de conscientização e prevenção, justifica Rafael. “Este projeto de lei é de fundamental importância para buscar reduzir a mortalidade precoce da população e otimizar recursos no Sistema Único de Saúde local”, completa.
Se a proposta for aprovada e posteriormente desenvolvida em Marechal Cândido Rondon, as ações de prevenção primárias deverão incluir a remoção de causas e fatores que implicam na incidência do câncer colorretal, tais como: alcoolismo, dieta inadequada, obesidade, sedentarismo e tabagismo.
As ações de prevenção secundárias incluirão técnicas de rastreamento do câncer colorretal reconhecidas, a ser realizado com a população entre a faixa etária de 45 a 75 anos, e que apresentem sintomas como: mudança do hábito intestinal (diarreia permanente ou constipação), desconforto abdominal, perda acentuada de peso e anemia.
O projeto de lei aguarda os pareceres das Comissões de Justiça e Redação; de Finanças, Orçamento e Fiscalização; e de Educação, Cultura, Saúde, Bem-Estar Social e Ecologia para ser votado em plenário.