Marechal Rondon poderá ter campanha de prevenção ao câncer colorretal

por Cristiano Marlon Viteck publicado 15/04/2021 09h05, última modificação 15/04/2021 09h06
Projeto de lei foi aprovado pela Câmara de Vereadores

 

A Câmara de Vereadores de Marechal Cândido Rondon aprovou, nesta semana, o projeto de lei 08/2021. O texto prevê a criação da Campanha de Prevenção ao Câncer Colorretal no âmbito municipal. Segundo o vereador Rafael Heinrich, autor da proposta, as ações de conscientização e prevenção deverão ser realizadas durante o “Março Azul-Marinho”, e promovidas em parceria pela administração municipal e a sociedade civil.

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer colorretal, que atinge o intestino grosso ou o reto, é um dos mais frequentes no mundo. No Brasil, em 2020, a estimativa foi de 16,8 casos novos por 100 mil homens e 17,9 por 100 mil mulheres. Portanto, é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens e mulheres, quando excluídos o câncer de pele.

O diagnóstico precoce é fundamental para ampliar a sobrevida dos pacientes, chegando a 90% quando a doença se encontra restrita à parede intestinal; 68% quando ocorre com doença linfonodal; e apenas 10% quando ocorre o comprometimento de outros órgãos.

O que preocupa é que 85% dos casos são diagnosticados na fase avançada da doença, provocando maiores custos com procedimentos diagnósticos e terapêuticos, além de ter um pior prognóstico.  Por isso a importância da campanha de conscientização e prevenção, justifica Rafael.

“Este projeto de lei é de fundamental importância para buscar reduzir a mortalidade precoce da população e otimizar recursos no Sistema Único de Saúde local”, completa o vereador.

De acordo com o projeto de lei aprovado, as ações de prevenção primárias deverão incluir a remoção de causas e fatores que implicam na incidência do câncer colorretal, tais como: alcoolismo, dieta inadequada, obesidade, sedentarismo e tabagismo.

As ações de prevenção secundárias incluirão técnicas de rastreamento do câncer colorretal reconhecidas, a ser realizado com a população entre a faixa etária de 45 a 75 anos, e que apresentem sintomas como: mudança do hábito intestinal (diarreia permanente ou constipação), desconforto abdominal, perda acentuada de peso e anemia.